segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Uma Curiosidade de Alcobaça: Agora Inês É Morta



Na Igreja do Mosteiro de Alcobaça encontramos os túmulos de Inês de Castro e do Infante D. Pedro, um de frente para o outro. Digamos que eles foram o Romeu e Julieta de Portugal.
Quando minha mãe (Rose) estava planejando a viagem para o país dos nossos colonizadores; entrou no site Turista Profissional, foi lá que viu o Mosteiro de Alcobaça e se encantou, não podíamos deixar de passar pela cidade.
Eu disse que Évora é uma cidade romântica, pois bem, Alcobaça, põe Évora no chinelo, tanto pela história romântica entre Inês e D. Pedro, quanto pela maneira com a qual a cidade exalta o amor (no próximo vídeo vou falar exatamente disso).


Ok, mas que história foi essa entre um Infante (e futuro rei de Portugal) e uma dama de companhia? No vídeo que esta no fim deste post, meu pai conta um pouco da história, mas como a vida é um telefone sem fio maluco e torto, a estória dele contém uns detalhes meio controversos à história escrita, por isso vou resumir este romance trágico e cheio de drama para vocês.
Pois bem... O Infante D. Pedro nasceu em 1320, nessa época (assim como hoje, em muitos dos casos) o casamento era um negócio, ou seja, o pobre rico ser, já nasceu praticamente noivo de Constança Manuel, uma representante da realeza. Até ai tudo bem, ele casou com ela, mas...acabou se apaixonando pela dama de companhia da sua esposa, com quem teve um caso digamos que nada discreto (ele não fazia questão de esconder seu amor por Inês para ninguém). Isso incomodou seu pai, o Rei Afonso IV, que ordenou o afastamento de Inês da corte. Ela se exilou em Albuquerque. Mas amor que é amor, supera qualquer distância, principalmente esses amores fadados à histórias dramáticas. Os dois passaram a namorar por cartas. Até que num dia qualquer Constança morre durante o parto e D. Pedro não perde tempo, manda chamar Inês de volta e "assume" o romance para toda a corte. Só que o Rei Afonso não gosta nada da ideia e não permitiu que os dois firmassem um compromisso, o que fez D. Pedro e Inês se manterem num amor proibido. A situação chegou a um ponto que o Rei Afonso decidiu matar Inês (tinham umas jogadas politicas também, mas esta é a história resumida). 
D. Pedro ficou louco, pê da vida e declarou guerra contra o pai. A mãe dele fez com que os dois fizessem as pazes, mas isso não consolou nenhum pouco D. Pedro. Dois anos depois do acordo de paz o Rei Afonso, morreu. D. Pedro agora era rei e mandou que os assassinos de Inês fossem mortos e que lhes fossem tirados o coração (poético, não?!). 
Achei um depoimento da época nesse site“Dom Pedro mandou que fizessem para ela um mausoléu de pedra branca, inteira e sutilmente trabalhado, representando, sobre a tampa, sua cabeça coroada como se ela houvesse sido rainha; e foi esse mausoléu que ele mandou colocar em Alcobaça [...]. O corpo viajou em um ótimo cortejo para a época, desses em que há grandes cavalos montados por grandes cavaleiros, damas e donzelas e muita gente do clero; e ao longo do caminho havia mais de mil homens com círios nas mãos, dispostos de maneira que seu corpo seguiu durante todo o caminho entre as velas acesas”.
Dizem que ele pegou o corpo de Inês, colocou no trono e fez com que todos beijassem sua mão (agora imaginem vocês, isso foi dois anos depois de sua morte, que cheiro teria o cadáver, tanto tempo depois?) e, assim ele a coroou rainha. Só depois de todo o procedimento ele disse: Agora Inês é Morta!

Macabro não!?

Quer saber a versão de Jhoka dessa história? Clique na Imagem e assista. Já aviso logo, a versão dele é aquela velha versão fofoca, do fulano que contou, que fulano disse, que fulano ouviu, que fulano viu, que fulano fez, que fulano acha...




Pois bem, só a título de esclarecimento: O Rei Afonso, não tinha um caso nem com Inês nem com D. Pedro, ok!?

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